quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Relatório da TP4




“Um livro caindo n’alma
É germe na palma
É chuva que faz o mar.”

CastroAlves
in:O pequeno planeta perdido, Ziraldo


As oficinas da “TP4 – Leitura e Processos de Escrita I” foram muito proveitosas. Pela manhã, para descontrair, iniciei com uma mensagem muito bonitinha sobre a nova ortografia da Língua Portuguesa. Em seguida fomos aos relatos da “TP3 – Gêneros Textuais”, mas infelizmente os professores não puderam relatar. As escolas ficaram paralisadas praticamente trinta dias, por causa das férias e da nova gripe. Além disso, outras atividades (avaliações bimestrais, feriados, cursos) impossibilitaram a aplicação das atividades. Aproveitei o momento para reforçar o compromisso que o professor cursista deve ter com as atividades propostas e entrega dos portfólios atualizados.
Como era previsto que muitos não teriam condições de realizar os “Avançando na prática” e consequentemente relatá-los, dei então continuidade aos trabalhos. O ponto de partida foi o texto “Moça Tecelã” da Marina Colasanti no qual pudemos realizar uma seqüência de leitura (objetiva, inferencial e avaliativa). Os professores puderam a partir deste texto repensar e reescrever. Surgiram produções excelentes, num clima tranquilo e produtivo.
Para aprofundar nossa discussão sobre leitura utilizei o material da professora Cátia Martins “A construção da escrita e da leitura” que proporcionou algumas reflexões teóricas e práticas a respeito do tema, e ainda propôs metodologias que facilitam a compreensão de textos. Neste momento pudemos enfatizar a importância do letramento numa sociedade cada vez mais competitiva e como a escola deve garantir aos seus alunos sua efetiva promoção e sucesso.
O texto de referência de Matencio deu suporte para a discussão sobre letramento, alfabetização e escolarização. As questões foram debatidas e os professores concluíram que precisam melhorar a prática de leitura e escrita dando significação ao trabalho em sala de aula, atribuindo relação entre o fazer e os usos da escrita no dia-a-dia. Realizamos o planejamento e exploração do poema Cidadezinha qualquer e a atividade proporcionou a interação entre os grupos de séries afins. Finalizamos com o vídeo “Eu só peço a Deus”.
Abri a oficina da tarde com o livro “O carteiro chegou – Janet e Allan Ahberg” e logo em seguida iniciei com o material da TP4- Ensino da escrita. Alguns professores perceberam que ainda trabalhavam com a redação escolar, que a produção de texto é competência do professor e requer processos que a fundamentem. A discussão foi muito boa, mas melhor ainda foi o texto de referência da Ângela Kleiman –“Por que meu aluno não lê?”. Ele possibilitou levantar por parte dos professores vários fatores que impossibilitam o desenvolvimento da leitura e escrita na escola. O fator principal é cultural, pois acreditam que a leitura não é estimulada desde cedo e dessa forma fica a margem tanto pela família quanto pela escola. Contudo ficou evidente que se a família não faz a escola tem obrigação de fazê-lo. E ainda enfatizaram que o professor deve ser o primeiro a dar exemplos e mostrar-se um verdadeiro leitor. O gosto pela leitura deve ser estimulado o quanto antes e aí, consideraram que o professor das séries iniciais deveria assumir essa postura também. Mas não deixaram de evidenciar que a falta de compromisso dos alunos têm desmotivado a todos. Por isso afirmei que as aulas de Língua Portuguesa devem ser atraentes e estimular o desenvolvimento das competências sócio-comunicativas dos nossos alunos. Se bem planejadas a diferença acontecerá para muitos alunos e com o tempo para todos. O Gestar II pretende justamente isso, descobrir a dificuldades encontradas no trabalho da leitura e da escrita e daí buscar soluções para essas dificuldades. Entender que a leitura é um ato prazeroso, antes de tudo, é fundamental.
Os professores demonstraram interesse e compromisso com as oficinas. Os encontros têm sido extremamente enriquecedores e a troca de experiências proporcionado muitas vivências. Acredito que em breve nossas discussões aprofundarão e teremos momentos significativos com os relatos dos Avançando na prática. A avaliação foi positiva e o nosso próximo encontro será dia 12/09. Finalizei com o poema da Magda Soares “Letramento” que é perfeito.



Abraços fraternos,

Florência Vieira

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Sugestões de leituras

Questões de Linguagem
Autores: Maria Helena Martins (Org.)
Coleção: Repensando o Ensino

Oficina de leitura – Teoria & Prática
Autora: Ângela Kleiman
Editora: Pontes – Editora da Unicamp

Texto e Leitor - Aspectos Cognitivos da Leitura
Autora: Ângela Kleiman
Editora: Pontes – Editora da Unicamp

  • DICAS

    6 práticas de um ótimo professor
    Prof. Brandão Minardi


Aquele educador, você sabe "aquele", o admirado por todos na instituição, o professor dos professores, não surge por acaso. Tampouco nasce pronto, com o dom de lecionar. Ao contrario, ele se faz no dia-a-dia, através de pequenos gestos que fazem a diferença para os alunos. Veja algumas dicas para que você se torne um educador ainda melhor.

1. O foco não é você, mas seus alunos.

Alguns professores se vêem como os entendidos absolutos de um assunto, que com o seu conhecimento compartilhado impacta para sempre a vida dos estudantes. Pensar assim e uma maneira rápida de matar uma aula. Os melhores educadores não se perguntam, todo o dia "o que eu vou fazer hoje?". O questionamento deles e "o que é mais útil que meus alunos façam hoje?".

2. Estude os estudantes.

Conhecer sua disciplina não basta. E preciso entender as pessoas que estão ali, sentadas na sua frente. Quais são seus desejos, seus talentos, suas experiências previas de vida (mesmo que você dê aula para o jardim da infância seus alunos tem experiências prévias). E, mais importante, o que eles desejam aprender e como?

3. Se voce quer que seus alunos assumam riscos, crie um ambiente seguro.

Uma pessoa só aprende caso reconheça, primeiro, que não sabe muita coisa sobre o assunto em questão. E reconhecer a ignorância, principalmente para classes mais adiantadas, significa colocar-se em uma posição desconfortável, de risco. Um terreno nunca antes desbravado. Para diminuir o impacto, e preciso criar um ambiente seguro e confortável. Quem tem espaço e recursos, pode ate colocar um sofá e almofadas confortáveis no canto da sala, para estimular leituras e pesquisas. Apele, também, para a velha tática de pendurar os trabalhos de seus alunos nas paredes, um apoio visual que os reassegura de seus potenciais. Sim, isso vale para qualquer série. Que tal reproduzir aquela boa resposta ou trecho de redação e colocar no mural?

4. Paixão é tão importante quanto o conteúdo.

A paixão, aquela gana de estar em uma sala de aula e dar o melhor de si é o que diferencia os bons professores daqueles ótimos educadores, que são admirados por todos. Não tenha medo de se apaixonar por seu trabalho. Os alunos percebem aqueles educadores que se importam, que estão ali para fazer a diferença, e aqueles que apenas cumprem o horário.

5. Seja claro.

Outro atributo dos melhores professores e a capacidade de ser claro mesmo quando o assunto e complicado. Equações, phrasal verbs, analise sintática e morfológica. Com jeitinho e paciência, não existe assunto complicado que não possa ser transmitido de forma a que todos entendam. Abandone os jargões de sua profissão, use a linguagem de seus alunos.

6. Bons professores perguntam e ouvem mais do que falam.

Lembra que falamos, lá em cima, sobre os alunos estarem em terreno desconhecido para eles? Que tal dar-lhes uma ajuda para que cada um explore o local a sua maneira? Faça perguntas que os levem a tirar suas próprias conclusões, que estimulem a discussão sobre a matéria. Não e difícil. Tais questões são simples como:

- Por que isso aconteceu desse jeito? Vamos lá, chuta uma razão

- Como você acha que o problema foi resolvido?

E similares.