segunda-feira, 29 de junho de 2009

Nossa "Oficina da TP3" foi realizada sábado, dia 27/06/09 e foi ótima. Em breve estarei postando o relatório com todos os detalhes.
Aguardem!

Abraços,

Florência

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Antes e depois da palmatória




Recebi essa imagem por e-mail, enviada por minha mãe que também é professora. Minha reação primária foi a de qualquer outro professor que está atuando. O saudosismo aflora com toda veemência e reforçamos a idéia de que somos vítimas do sistema.
Quem nunca pronunciou esse tipo frase, “No meu tempo aluno respeitava professor e aprendia muito mais.”, “É por isso que a educação está desse jeito, os pais não estão nem aí para os filhos.” Sei que muitos são os questionamentos acerca do papel do professor, do aluno e da família na sociedade. O que fazer diante dessa realidade? De quem é a culpa pelo mau desempenho dos alunos. Do sistema? Da família? Do aluno? Nossa? A discussão é polêmica.
Em 1969 vemos claramente uma abordagem tradicional de ensino. O tradicionalismo apresenta a concepção de que o professor é detentor do saber e a culpa pelo fracasso escolar é responsabilidade do aluno. As aulas são expositivas centradas no professor e cabe ao aluno assimilar o conteúdo. Somos frutos do tradicionalismo e sabemos que na nossa época ele funcionou. Mas os tempos mudaram, nós mudamos e o mundo muda a todo instante. O que nos resta é a adequação ao novo, a busca e a aprimoração profissional. Esse cenário, apresentado em 2009 através da charge, é revoltante porque a culpa recai em todos nós professores. Não quero de forma alguma encontrar aqui os culpados. Quero encontrar a solução para o problema. E não podemos esquecer nunca que a nossa função é promover a efetiva aprendizagem dos nossos alunos.
Essa charge mostra o quão é importante o programa GESTAR II porque aparece para nós como uma possibilidade de melhoria no processo ensino-aprendizagem.
“O foco do GESTAR II é a atualização dos saberes profissionais e assim elevar a competência dos professores de Língua Portuguesa e dos alunos e, conseqüentemente, melhorar a capacidade de compreensão e intervenção sobre a realidade sódio-cultural”.
A concepção de ensino adotada pelo programa é a sócio-construtivista. Nesta visão, alunos e professores constroem juntos o conhecimento em sala de aula.
A teoria sócio-construtivista apresenta como ponto central a premissa de que aprendizagem e desenvolvimento são produtos da interação social. No GESTAR II “o professor é um mediador que coloca o aluno em contato com o conhecimento construído historicamente e com ele trabalha os conteúdos daquele nível de ensino. O professor não é mais o detentor do conhecimento, aquele que sabe de tudo, nem seus alunos são meros receptores do conhecimento”.Aqui “o professor aponta caminhos para que seus alunos descubram e construam de forma interativa os saberes”.
Vejo que o professor tem a função de promover a construção do conhecimento, garantindo ao aluno o acesso ao saber sistematizado e à formação de atitudes e habilidades, proporcionando condições para o exercício da cidadania e para a construção de uma sociedade mais justa, crítica, consciente e capacitada.
É através de incentivos, elogios, elevação da auto-estima, planejamento, e principalmente, levar em conta tudo o que os alunos já sabem para com isso estabelecer relações entre os conhecimentos prévios e os novos e a partir disso se orientar para sua prática diária. Dessa forma, portanto, o professor prepara bem suas aulas e estimula os seus alunos para a aprendizagem significativa, onde o desenvolvimento se dará de forma satisfatória.


Referências: PDE- GESTAR II / Guia geral

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Relatório das Oficinas Introdutórias


“... A cabeça da gente é uma só,
e as coisas que há e que estão
para haver são demais
de muitas, muito maiores diferentes,
e a gente tem de necessitar
de aumentar a cabeça
para o total.”
Guimarães Rosa

Relatório das Oficinas Introdutórias

A ansiedade tomou conta de mim literalmente. Estava ansiosa por tudo e por todos que me conhecem e me perguntavam sobre o GESTAR. O que era o Gestar?, como iria acontecer?, quando iria iniciar?, entre outros questionamentos.
Finalmente iniciamos o Gestar II, em Januária, com muito entusiasmo.
O primeiro momento foi excelente. Houve a abertura do programa, a fala de cada responsável, vídeos motivadores e música, num ambiente tranqüilo, em uma manhã tranqüila.
A equipe da S.R.E foi surpreendente e nos deu todo apoio. Também foi muito rica a interação com os professores formadores de matemática, o Prof.º Kleber e a Profª Maria Divino e com as minhas colegas, formadoras de Língua Portuguesa, Prof.ª Áurea e Prof.ª Edleuza. Aproveito este momento para agradecê-los
Já no segundo momento, após a entrega do material, pudemos ter o primeiro contato com os nossos professores cursistas. Confesso que esperava mais positivismo logo no 1º encontro. De início fomos bombardeadas com muitos questionamentos acerca do programa (o que já era esperado) e dos recursos para reprodução das atividades e outros materiais necessários. Foram envolvidas questões políticas, financeiras, temporais, de saúde, professora gestante, transporte, falta de lanche no dias das oficinas (tudo o que não era esperado), etc e etc. Sei que são muitos os problemas envolvendo recursos na educação e é necessário relatá-los. Mas nós temos que levar em consideração que para tudo há o momento certo, a hora certa e com as pessoas certas.
A SEE de Minas Gerais não disponibilizou recursos para auxílio no transporte dos professores que residem na zona rural, nem para material (xerox) e lanche.
Quanto ao material a equipe da SRE de Januária entrará em contato com os diretores das escolas para tentar solucionar essa questão. E sobre os outros questionamentos aguardaremos orientações.
Espero que o próximo encontro seja diferente. Que os professores venham abertos às discussões práticas e teóricas da Língua Portuguesa.
Enquanto isso vamos estudar!



“O que faz a diferença entre um bom professor e um excelente professor não está apenas nos cursos feitos, não aparece nas teses defendidas nem nas pesquisas realizadas. Independentemente dos anos da profissão. É a paixão pelo lecionar, por estar ali todos os dias. É algo que contagia os estudantes e que não pode ser fingido” Julio Clebsch.