segunda-feira, 15 de junho de 2009

Antes e depois da palmatória




Recebi essa imagem por e-mail, enviada por minha mãe que também é professora. Minha reação primária foi a de qualquer outro professor que está atuando. O saudosismo aflora com toda veemência e reforçamos a idéia de que somos vítimas do sistema.
Quem nunca pronunciou esse tipo frase, “No meu tempo aluno respeitava professor e aprendia muito mais.”, “É por isso que a educação está desse jeito, os pais não estão nem aí para os filhos.” Sei que muitos são os questionamentos acerca do papel do professor, do aluno e da família na sociedade. O que fazer diante dessa realidade? De quem é a culpa pelo mau desempenho dos alunos. Do sistema? Da família? Do aluno? Nossa? A discussão é polêmica.
Em 1969 vemos claramente uma abordagem tradicional de ensino. O tradicionalismo apresenta a concepção de que o professor é detentor do saber e a culpa pelo fracasso escolar é responsabilidade do aluno. As aulas são expositivas centradas no professor e cabe ao aluno assimilar o conteúdo. Somos frutos do tradicionalismo e sabemos que na nossa época ele funcionou. Mas os tempos mudaram, nós mudamos e o mundo muda a todo instante. O que nos resta é a adequação ao novo, a busca e a aprimoração profissional. Esse cenário, apresentado em 2009 através da charge, é revoltante porque a culpa recai em todos nós professores. Não quero de forma alguma encontrar aqui os culpados. Quero encontrar a solução para o problema. E não podemos esquecer nunca que a nossa função é promover a efetiva aprendizagem dos nossos alunos.
Essa charge mostra o quão é importante o programa GESTAR II porque aparece para nós como uma possibilidade de melhoria no processo ensino-aprendizagem.
“O foco do GESTAR II é a atualização dos saberes profissionais e assim elevar a competência dos professores de Língua Portuguesa e dos alunos e, conseqüentemente, melhorar a capacidade de compreensão e intervenção sobre a realidade sódio-cultural”.
A concepção de ensino adotada pelo programa é a sócio-construtivista. Nesta visão, alunos e professores constroem juntos o conhecimento em sala de aula.
A teoria sócio-construtivista apresenta como ponto central a premissa de que aprendizagem e desenvolvimento são produtos da interação social. No GESTAR II “o professor é um mediador que coloca o aluno em contato com o conhecimento construído historicamente e com ele trabalha os conteúdos daquele nível de ensino. O professor não é mais o detentor do conhecimento, aquele que sabe de tudo, nem seus alunos são meros receptores do conhecimento”.Aqui “o professor aponta caminhos para que seus alunos descubram e construam de forma interativa os saberes”.
Vejo que o professor tem a função de promover a construção do conhecimento, garantindo ao aluno o acesso ao saber sistematizado e à formação de atitudes e habilidades, proporcionando condições para o exercício da cidadania e para a construção de uma sociedade mais justa, crítica, consciente e capacitada.
É através de incentivos, elogios, elevação da auto-estima, planejamento, e principalmente, levar em conta tudo o que os alunos já sabem para com isso estabelecer relações entre os conhecimentos prévios e os novos e a partir disso se orientar para sua prática diária. Dessa forma, portanto, o professor prepara bem suas aulas e estimula os seus alunos para a aprendizagem significativa, onde o desenvolvimento se dará de forma satisfatória.


Referências: PDE- GESTAR II / Guia geral

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