terça-feira, 13 de outubro de 2009

Oficina livre e projeto

Atividade:
Projeto
Oficina livre

Duração: 8 horas
Data: 26/09


“Na vida, não existem soluções.
Existem forças em marcha: é preciso criá-las
e, então, a elas seguem-se as soluções."

Antonie de Saint Exupéry

Nossas oficinas aconteceram no dia 26/09/09. Apresentamos a estrutura de projeto de acordo com o programa Gestar II que está na página 51 e 52 do guia geral. Primeiro fizemos uma discussão sobre “o que é projeto?”, esclarecemos que este deve ser um projeto de ação e que a sua temática é sobre leitura e escrita. Além disso, o mesmo poderá ser realizado por escola, em conjunto com outros professores cursistas.
Foi também, um momento de troca de ideias, já que, alguns professores socializaram experiências de projetos vivenciados em outros momentos e que proporcionaram uma discussão ampla sobre acertos e enganos ao se trabalhar com projetos. O fator principal está justamente na sua construção, seja individual ou coletiva. É preciso definir ações, papéis, estratégias ...
Nesse sentido, foram formados grupos para discussão e levantamento das questões pertinentes ao seu desenvolvimento. Esse momento foi imprescindível, pois muitos não sabiam como trabalhar com projetos. Orientei para que, primeiramente, definissem uma situação-problema e a partir daí construindo passo a passo o projeto.
Realizamos também uma sessão pipoca com o filme “Narradores de Javé” e após, debatemos as questões do roteiro abaixo:
Análise do filme “Narradores de Javé”

1- O que significa fazer o “papel de escriba”?
2- Qual o papel do escriba naquela comunidade?
3- Analise os traços de oralidade daquela comunidade.
4- Analise o processo de construção da escrita do personagem que faz o papel de escriba.
5- Qual a relação entre oralidade e escrita?
6- Analise as práticas de letramento daquela comunidade.
7- Com você percebe a relação entre ser alfabetizado e ser letrado no contexto do filme?
8- Em que atividades práticas, no contexto da sala de aula, você exerce o papel de escriba.
9- Qual a importância do escriba na construção da leitura e da escrita?


Finalizamos com a mensagem de Rubem Alves "Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre." Extraído do livro "O amor que acende a lua".



Um pouco de história...


O método dos projetos foi proposto por diversos autores americanos a partir de 1908.
Segundo Dewey (1859-1952) o ensino deve basear-se na AÇÃO, e não na instrução; a escola deve estar ligada à vida e aos problemas da comunidade em que está inserida, o conhecimento não é “gratuito”, está sempre interessado nos objetivos que possam ser alcançados.
Propôs o sistema de projetos, que segundo ele deveria ter as seguintes características:

  • deve girar em torno de algo que é, ao mesmo tempo, de interesse da classe e da comunidade local;
  • é algo que envolve toda a classe ou grupos de alunos. Também deve envolver pessoas fora sala e da escola;
  • deve envolver trabalho manual e intelectual;
  • exige um ensino globalizado (todas as disciplinas se voltam para a resolução dos problemas que surgem durante o desenvolvimento do projeto);
  • deve desenvolver da capacidade dos alunos de buscar informação/ “aprender a aprender”.



Projetos didáticos


Para Jolibert (1994), um projeto se constitui em um trabalho no sentido de resolver um problema, explorar uma idéia ou construir um produto que se tenha planejado ou imaginado. O produto de um projeto deverá ter necessariamente significado para quem o executa.


Por que, então, trabalhar com projetos?



As atividades realizadas em sala de aula passam a ter um maior significado para os alunos, pois todas elas estão articuladas visando a um “produto final”, que é desejado e compartilhado por todo o grupo.
A perspectiva de alcançar um produto final gera uma maior motivação e interesse por parte dos alunos.
Estimula os alunos a fazer escolhas e comprometer-se com suas escolhas, assumindo responsabilidades.
Possibilita a realização de um trabalho coletivo interdisciplinar.

Assim em geral, o projeto resulta numa aprendizagem significativa (ou seja, prazerosa, que tem significado para o aluno, que tem relação com sua vida, que lhe desafia, que traz, de fato, uma ampliação de conhecimentos...)


Referências bibliográficas
BRANDÃO, Ana Carolina P, SELVA, Ana Coelho V., COUTINHO, Marília. In: SOUZA, Ivane P. e BARBOSA, Maria Lúcia, F. de F. (orgs.). Práticas de leitura no ensino fundamental. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
LEITE, Lúcia Helena A. Pedagogia dos projetos: intervenção no presente. Revista Presença Pedagógica, v. 2, no 8, março/abril de 1996. pág. 24-33.





PROJETO PARA FINALIZAÇÃO DO PROGRAMA GESTAR II



É verdadeiro quando se afirma que não há um modelo único e correto para a elaboração de um projeto; porém é importante ressaltar a necessidade do mesmo conter: introdução (o que é, como é por quê), desenvolvimento (solução do problema por meio de referencial teórico-metodológico) e conclusão (resultado da aplicação do método e da técnica).
Podemos tomar como norte as seguintes questões:

1- O QUE FAZER? (OBJETO DA PESQUISA - INTRODUÇÃO)
2- POR QUÊ? (JUSTIFICATIVA)
3- PARA QUÊ? (OBJETIVOS)
4- PARA QUEM FAZER? (OBJETIVOS ESPECÍFICOS)
5- ONDE FAZER? (COLETA DE DADOS E ANÁLISE DOS MESMOS)
6- COMO? (METODOLOGIA)
7- COM QUÊ? (METODOLOGIA)
8- QUANTO? (COLETA DE DADOS)
9- QUANDO? (CRONOGRAMA)

Considerando a estrutura do projeto solicitado pelo curso, temos algumas etapas já definidas previamente, conforme páginas 51 e 52 do Guia Geral do programa (Língua Portuguesa), as quais tomaremos como referência. Mas vale lembrar que a inserção de outras informações também é bem vinda e essencial a realização de um trabalho mais completo (introdução, bibliografia, anexos... por exemplo) Com relação às orientações do guia temos:

Temática: definição do tema envolvendo a realidade do grupo a ser trabalhado (uma dificuldade encontrada nesse grupo, por exemplo).

Problemática: formulação do problema que é o ponto de partida para o trabalho. O problema precisa ser significativo e relevante; precisa trazer alguma contribuição para o avanço ou sistematização do conhecimento. Ser claro e preciso. Ser viável e passível de solução. É o norte par elaboração do projeto.

Fundamentação teórica: definir os conceitos e teorias que darão base a todas as ações desenvolvidas. Nesse momento, o registro de estudos, posicionamentos, práticas desenvolvidas por profissionais na área em questão que fortaleçam as nossas ações. Tanto a formulação do problema quanto o levantamento da hipótese são influenciados conscientes ou inconscientemente pela fundamentação teórica que deve estar contida na justificativa do projeto.

Objetivos: esclarecimento do que se quer alcançar com o desenvolvimento do trabalho.

Metodologia: descrição de como será executado o trabalho; definição dos passos a serem trabalhados. Quais os procedimentos/estratégias adotadas a fim de que se comprove a hipótese levantada. Operacionalização da proposta.

Cronograma: identificação de cada etapa do trabalho focando data, tempo destinado a cada uma das atividades propostas.

Equipe de trabalho: definição dos parceiros envolvidos na prática do trabalho planejado. Quem são os envolvidos nas atividades. Definição de responsabilidades. Quando definidas áreas de trabalho; o que cada uma delas realizará.

Avaliação: análise dos resultados das atividades propostas e executadas viabilizando reflexão e viabilização de retomadas, replanejamento.


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