Memorial de leitor
“Ser leitor é ter em caminho absolutamente infinito
de descoberta e de compreensão do mundo. . .”
Fanny Abramovich
Ah, como eu gostaria de ter mais lembranças de leituras. Estive vasculhando todos os cantinhos e guardados da minha infância e adolescência em busca de títulos, autores, significados, marcas. . . E encontrei muitas recordações afetivas, engraçadas, surpreendentes, misteriosas e tristes.
Na infância, lembro-me claramente da hora em que ouvíamos histórias na fazenda do meu avô. Quando pequenos eu, minhas irmãs, primos e primas, sempre à tardinha, depois dos afazeres e brincadeiras, todos limpinhos, reuníamos para ouvir as histórias que meu avô narrava com propriedade. Esses momentos foram muito significativos em minha vida.
A fazenda era o melhor lugar que havia para brincar e passar as férias. Eu amava os meus avós e aquele lugar. Ás vezes fecho os olhos e me vejo transportada para lá. . .
Os contos de fadas rechearam minha infância, além das histórias do Sítio do Pica-pau Amarelo de Monteiro Lobato.
Já na adolescência, lembro-me do incentivo à leitura feito por minha mãe. O pequeno Príncipe, O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, O diário de Ana Maria A metamorfose, entre outros, alimentaram minha imaginação na adolescência.E por incrível que pareça, não me recordo de meus professores terem essa atitude. Líamos os textos didáticos que o professor de Língua Portuguesa trabalhava em sala de aula, mas não me recordo de ler por incentivo da escola ou de ter momentos de leitura na biblioteca. E apesar do incentivo em casa penso que ainda li pouco.
E na fase adulta, já na faculdade, descobri o gosto pela poesia. Eu amo poesia.
Carlos Drummond, Mário Quintana, Graciliano Ramos, Cecília Meireles, Ferreira Gullar e Jorge Amado são os meus autores preferidos.
Hoje tenho sede de leitura e de conhecimento.
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